2022

Uma série que traz um cenário de paz. Um vagar pelo mundo de quem se lança na vida, no ar e no [a]mar. Um infinito de possibilidades para quem vive de instantes, agoras e sutilezas. O vento que dita o rumo da folha, do pássaro, do barco e da alma que vaga. E desliza devagar, desprendida, [des]o[cupada].

2022

Torrente é fluxo que não se pode nadar. Ela abre caminhos, invade, preenche, desagua, desaba. Torrente de vida que jorra, abundante, impetuosa e intensa. Ela desvia da pedra mas arranca a raiz. Uma força capaz de criar novas paisagens. Natureza moldando a natureza.

2022

Sereno mar.

ser é no mar.

ser e amar calmaria,

maresia.

maré mansa.

azul que guia.

navega-te

2022

A natureza e sua bossa. Desenha e redesenha a si mesma. Com suas sinuosas formas, saliências e reentrâncias. Equilibrando o côncavo e o convexo. Texturas, rachaduras. E o relevo que eleva a beleza de erodir pra se revelar mais bela.

2022

Preto é força, mistério e sofisticação. Aqui ele reina, soberano.
Caminho de sombras. Penumbra. Esfinge. Desvenda-o.
É preciso saber a sombra para saber a luz.

2022

Verão de mar brilhante ondas avançam ondas recuam. Mar que se derrama entre a areia e a espuma. Num constante sobe e desce, incrivelmente, nada se repete. Maré alta. Maré cheia. Maré viva! Aflui, espalha, se agita. Dissipa…

2021

Cai e germina. Rompe a casca. Ciclos da vida. Cresce e floresce. Na folha a clorofila. O verde que acalma. A foto, em síntese, revela o resultado de um longo processo que nos garante vida. Respira e transpira. Exala, protege, abriga. Sente a natureza e a força que é renascer do chão. Vive.

2021

Sob o sol da Toscana a mágica acontece! A cada esquina um encantamento diferente e um suspirar da alma. São imagens que tatuam no peito o sentimento de contentamento por adentrar a história em suas igrejas e construções ao mesmo tempo que a natureza nos presenteia com a luz e paisagens perfeitas. São memórias que merecem sempre ser revisitadas. São histórias que nos contam um pouco mais sobre nós.

2021

Silêncio e luz é uma dança de sentimentos num quarto escuro. Uma sinfonia que nem todos podem ouvir. Pois é preciso estar voltado pra dentro, calar o mundo e lançar luz no íntimo mais profundo pra talvez enxergar uma sombra. Não é sobre o que se revela, mas o que se quer esconder.

2021

Metrópoles, labirintos, vertigem. Escombros, esquinas. Almas vazias? O avesso do avesso do avesso. Ritmo veloz, vivaz. Vivo? Recomeço, concreto, resistência. Dilata, expande. Tem espaço? Sons, luzes, insônia. Encontros, partidas. Existe amor? Mais um sonho se [des] faz.

2021

As luzes da cidade desenham um caminho sedutor que muitas vezes conduz a lugares solitários. A cidade e suas multidões, nos coloca dentro de nós, nós, sós. A cidade e seus dias nublados, necessita de corações solares. Sóis. Sois? A cidade clama uma chama que jamais apaga. Um corpo que nunca dorme. Uma vida que não pare de pulsar. As luzes dizem que é possível. Acende ou ascende.

2021

Não é sobre ser inteiro, mas reconhecer a força que existe em cada fragmento deixado quando a vida tudo dilacera. Está longe do que a cabeça pensa e muito perto do que a alma deseja. Nada tem a ver com espera, mas com o que se é agora em sua forma mais primitiva e pura. Carregado de fúria, delírio e embriaguez. Feito pra incendiar. Voraz. Visceral. Algo que brilha e queima. Excita e inflama. Uma inquietação constante, mas também rendição, entrega e redenção. Reconhecimento e perdão. Alívio e retomada.

2021

Cerrado é poesia revelada, beleza e liberdade. É um lugar que traz a sensação de renascer a cada vez que o sol nasce e de receber a cada vez que ele se põe. Suas águas, suas cores, seus sabores arrebatam e incendiam a alma. Fogo que queima a olho nu

2021

Estar no caminho implica obrigatoriamente a arte de ir ou ficar. Dar um destino a si mesmo é inevitável e, seja ele qual for, carregará em si o peso de que é apenas através de nós que caminhamos. Nós e a estrada, nós e aquilo que escolhemos (ou não) carregar, nós e quem caminha ao nosso lado, nós e quem nos atravessa, nós e quem atravessamos. E para além do ritmo, velocidade ou direção, importa que nesta jornada eu destino-me, tu destinas-te e ele destina-se. Que esta decisão seja pessoal e intransferível.

2021

A natureza revela cores que existem mais fortes que a palavra. Veja. Integrar-se a ela é saber-se num lugar onde tudo se veste de beleza, magia e mistério. Sinta. Contemplar a vida que, ora emerge, ora submerge e nunca para de pulsar. Desperta.

2021

De repente tudo está fora de lugar. Tempo e espaço ganharam outra dimensão e neste momento nenhuma rota faz muito sentido. No entanto, mesmo sem enxergar o destino, o desejo é de seguir. Independente da desordem, a vida precisa fluir, fora do trilho, mas dentro da trilha que orienta o coração.

2020

Travessia nasce da inquietação, do desconforto, do desejo de transpor barreiras e alcançar novas paisagens. Nasce sobretudo de uma vontade genuína de ir para além do que se vê, pois não tem a intenção apenas de atravessar, mas de mergulhar, de ir o mais fundo que se pode alcançar, desvencilhando-se das amarras e fluindo com a maré.

2020

A busca constante por experiências sensoriais me conduziu a uma jornada pela Chapada dos Veadeiros, onde as possibilidades de conexão com a terra e a água são infinitas.
Há uma riqueza nas texturas que emergem da natureza e que precisam ser sentidas de forma integral. Apenas olhar não é o bastante.
São elementos que se cruzam e se interligam, resultando em uma união íntima. Esse tecido tem o poder de nos conectar a um lugar de pertencimento, seja à correnteza do rio, à queda da cachoeira ou ao pó da terra.

2020

Esta série é baseada em um poema do livro Ensaios fotográficos de Manoel de Barros. São retratos de muitos silêncios. O silêncio que caminha pela noite e elabora respostas, despedidas, reencontros e recomeços. Ele mora nas casas vazias, nas aglomerações, no peito pesado de tanto sentir e na boca de quem espera. O silêncio que o vento sopra balançando os galhos secos e que mora nas sombras que escondem mistérios.

2020

Ao adentrar o Atacama a sensação é de que tudo está no seu devido lugar, o que ficou é de ficar em um deserto que um dia foi mar.

Cada passo te guia por cenários místicos com cores contrastantes e texturas fascinantes. Cada clique é uma demonstração de reverência a um lugar carregado de memória onde é possível sentir a terra vibrar como forma de contar cada história escondida.